Campanha da Vacinação

A vacina tem o objetivo de fortalecer nosso sistema imune para que ele combata determinados vírus ou bactérias. Ao nascer o bebê já deve tomar algumas vacinas: a BCG-ID, que é dose única e Hepatite B que deve receber a segunda dose ao completar o primeiro mês de vida. Aos meses então a criança toma as primeiras doses da Tetravalente, da Vacina Oral contra Poliomelite, e da Vacina Oral contra o Rotavírus Humano. Falaremos dessas vacinas, a importancia que elas têm para conservar a saúde do corpo humano.

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Vacina Oral contra Rotavirus Humano

O Brasil é o primeiro país a incluir a vacina contra o Rotavírus em seu Sistema Público de Saúde. Desde 2006, todos os cidadãos brasileiros se beneficiam dessa vacina.

Como é aplicada?

Também é uma vacina oral.

Em que idade é aplicada?

A 1ª dose aos dois meses e a 2ª aos quatro meses. É possível administrar a primeira dose da vacina a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida) e a segunda dose a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida).

Quais são os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais praticamente inexistem

Que doença ela previne?

Previne o vírus que causa principalmente a gastroenterite, infecção que agride o estômago e o intestino.Os principais sintomas do rotavírus são vômito, febre e diarréia líquida constante, que se não for tratada pode levar a desidratação e até a morte. Os recém-nascidos são os principais alvos do vírus.

A forma de contágio é fecal-oral. Nos locais onde as condições de higiene são inadequadas (áreas de manguezais e palafitas, por exemplo), o rotavírus contamina pessoas de qualquer idade: basta o contato com alimentos, objetos ou mesmo as mãos contaminadas.

Por tudo isso, lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro, antes das refeições e depois de trocas de fraldas é imprescindível para prevenção. Lavar bem os alimentos e ferver a água antes de tomá-la também ajuda na prevenção do rotavírus.

Vacina Oral contra Poliomielite (VOP)

Em 1949, desenvolve-se uma vacina contra a poliomelite a partir de vírus mortos. No mesmo ano cria-se a vacina atenuada contra pólio, a primeira vacina oral. E em 1989 é registrado o último caso de Poliomelite no Brasil

Como é aplicada?

É uma vacina oral, o que significa dizer que são duas gotinhas de vacinas ingeridas pela boca.

Em que idade é aplicada?

A primeira dose é oferecida aos 2 meses, depois aos 2 e 6 meses, o reforço deve ser aos 15 meses.

Quais são os efeitos colaterais?

Os efeitos colaterais são incomuns quando se falar de VOP, mas às vezes pode causar diarréia.

Que doença ela previne?

Previne a Poliomilite, também conhecida como Paralisia Infantil.Não há tratamento para a poliomielite. A melhor forma de preveni-la é, obviamente, vacinando.

Os sintomas iniciais são parecidos com uma gripe associada com náuseas, vômitos e dores abdominais. Esse vírus é capaz de chegar ao sistema nervoso através da corrente sanguínea, podendo ocasionar paralisia total, principalmente das pernas.

A paralisia irreversível geralmente acomete uma em cada 200 infecções. Desses, de 5 a 10% morrem quando os músculos que permitem a respiração ficam imobilizados.

A Tetravalente

A Tetravalente faz parte do calendário obrigatório de vacinação.

Em 1942, os imunizantes contra tétano, difteria e coqueluchesão reunidos em uma só vacina, a tríplice (DTP), a primeira vacina no mundo a imunizar contra mais de um microorganismo.

Aonde é aplicada?

Ela é aplicada no bumbum ou na coxa .

Em que idade é aplicada?

Deve ser tomada aos 2 meses, aos 4 e aos 6, seguida de um reforço aos 15 meses e outro entre 4 e 6 anos de idade.

Quais são os efeitos colaterais?

Pode causar febre baixa. Se a febre ultrapassar os 38º c, recomenda-se o uso de antitérmicos.

Quais são as doenças que ela previne?

* Difteria *

Também conhecida por Crupe, é uma doença que tem contágio por meio do contato com as secreções ou com os objetos contaminados por os infectados. Normalmente se manifesta nos meses frios e atinge, principalmente, crianças de até 10 anos. Começa como se fosse um resfriado, a criança tem dor de cabeça e de garganta.

A doença ataca a garganta (amídalas, faringe, laringe) e o nariz, onde pode aparecer placas brancas, muitas vezes visíveis a olho nu. O pescoço pode ficar inchado e duro. Além desses incômodos, a difteria causa mau hálito e a criança fica pálida. Conseqüências mais graves podem afetar o coração e a criança fica com a fala diferente e com dificuldade para respirar.

* Tétano *

O tétano não pode ser passado de pessoa para pessoa, seu contágio é por meio de ferida ocasionada por agulha, tesoura, latas velhas, vidros, arames ou mesmo espinhos de plantas.

Independentemente da idade, se uma pessoa se ferir com um desses objetos, normalmente sujos, corre grande risco de ser contaminado pelo tétano. Isso porque o micróbio que causa a doença vive na terra, na poeira da rua e nas fezes de animais, principalmente de cavalo. No entanto, as maiores vítimas de tétano são crianças de até 14 anos.

Essa doença ataca o sistema nervoso central, causando rigidez muscular, isto é, deixa os músculos do corpo “duros”, principalmente do queixo, e a pessoa tem dificuldade para abrir a boca, chamado de trismo.

A pessoa também sente dores nas costas, rigidez abdominal e da nuca, espasmos e convulsões. O quadro pode se agravar, causando parada respiratória ou cardíaca.

Higienização no parto - O tétano que ataca a um recém-nascido é conhecido como tétano umbilical ou "mal-de-sete-dias". Ele acontece quando o umbigo da criança é cortado com uma tesoura contaminada. O bebê sente dificuldade em amamentar, fica com as perninhas esticadas e os braços dobrados com as mãos fechadas.

* Coqueluche *

É uma doença que ataca facilmente as crianças e é transmissível pelo contato com secreção da boca e nariz, como espirro e fala de pessoas contaminadas.

Correm maior risco os recém-nascidos e bebês que ainda não foram totalmente vacinados, pois eles estão indefesos diante da entrada de seres perigosos. A doença começa como se fosse uma gripe, a criança tem febre e apresenta secreção nasal.

Conforme apresenta a Organização Mundial da Saúde, a coqueluche consiste de pelo menos 21 dias de crises de tosse e a criança respira com um barulho intenso, podendo vomitar.

O período dessas crises de tosse pode durar de um a dois meses ou até mais. As crises de tosse, o choro e a febre enfraquecem a criança. Em casos mais graves, ela pode piorar e morrer.

* Infecções causadas por Haemophilus Influenzae do tipo “b” *

A bactéria Haemophilus influenzae tipo b causa meningite (inflamação das membranas que envolvem o cérebro), sinusite e pneumonia. Essas infecções geralmente começam no nariz e na garganta, mas podem espalhar-se para a pele, ouvidos, pulmões, articulações e membranas que revestem o coração, a medula espinhal e o cérebro. Essas doenças respondem bem aos antibióticos, mas se não houver sucesso com esse tipo de tratamento, o risco de morte é grande.

As doenças causadas por essa bactéria ocorrem principalmente em crianças menores de 5 anos de idade e a taxa de mortalidade devido à meningite é de 5%. As seqüelas neurológicas como convulsões, surdez ou retardamento mental estão em 35% das crianças que sobrevivem à meningite.

Outras complicações da bactéria são a sepse (infecção generalizada que causa risco de morte), as pneumonias e as pericardites (infecção da membrana que envolve o coração).